A maioria das Nações vem se preocupando com os impactos ambientais causados pelas diversas atividades da humanidade. O crescimento industrial sobretudo dos países mais desenvolvidos e de maiores economias que possuem as maiores pegadas ecológicas (China e Estados Unidos da América), junto com o desmatamento cujo protagonismo não concede ao Brasil uma posição confortável, são apontados como os principais agressores da Natureza. Como uma preciosa vantagem competitiva, temos uma formidável diversificação da nossa matriz energética, com o predomínio das fontes renováveis de energia, com o destaque as hídricas que é responsável por cerca de 80% da nossa capacidade instalada de geração de energia elétrica; a eólica que já tem um crescimento sustentável que a habilita como um importante fonte primária que possui uma característica de ventar muito nas regiões Nordeste, Norte e Sul nos períodos considerados secos, que vão de maio a novembro, ou seja, completamente as hidroelétricas, postergando um uso, das caras e prejudiciais aos meio ambiente, termoelétricas e a solar, que devido à volúpia do seu crescimento no Mundo e também entre nós, apontamos os principais benefícios de um sistema fotovoltaico (o sol como fonte): 1º) Os ambientais têm seus destaques pela não emissão de dióxido de carbono na sua operação ao longo de sua vida útil e, portanto, colabora para diminuição do preocupante efeito estufa e, concomitantemente, dos danos à saúde dos seres vivos do planeta terra. 2º) Contribui pela diminuição da demanda de energia e em consequência também das perdas técnicas. Evita os custos marginais para expansão da capacidade instalada do sistema nacional de energia elétrica que é em grande parte interligado. Hoje, já há pesquisa avançada e preste a ser lançada no mercado, placas fotovoltaicas que têm a capacidade de gerar durante à noite. Vislumbra-se, desta forma, inovação tecnológica revolucionária. 3º) Com a tecnologia dos inversores híbridos, que transformam corrente continua em alternada, o sistema pode funcionar sincronizado à rede da Concessionária ou Distribuidora como também quando cessa o fornecimento de energia por estas empresas. O projeto , neste caso, necessita de uma ou um conjunto de bateria e trás o benefício de maior autonomia da instalação fotovoltaica, embora seja mais cara. 4º) A energia solar é a mais democrática das energias primárias, pois chega a todos sem nenhuma estratificação. A priori, a maioria das residências, prédios de condomínio, comerciais e industriais pode ser instalado um sistema fotovoltaico. As principais condicionantes são: área de telhado ou no terreno disponível; consumo de KWh e preço da tarifa de energia com valores que compensam o investimento. Lembramos que pagamos um dos KWh mais caros do mundo; inclinação do telhado mais próximo possível da latitude do local. Este não é um pré-requisito fundamental. Ideal é que se tenha um telhado voltado para o norte no hemisfério sul e para o sul no hemisfério norte . 5º) Segundo setores que fazem avaliação de imóvel, a existência de um sistema fotovoltaico aumento em torno de 8% a 10% o seu valor de revenda em virtude dos benefícios até aqui apontados e a proteção também contra a chamada inflação do KWh. 6º) A amortização do investimento é, em média, de 4 a 5 anos, com uma vida útil de 25 anos. Tem um custo de operação e manutenção bastante baixo. Exige meramente uma limpeza muito simples, de preferência duas vezes por ano. Há diversas formas de se obter um financiamento junto às instituições governamentais e privadas. Os seus encargos podem ser pagos com o valor monetário desembolsado a menos pela redução do consumo dos KWh. O excedente de energia gerado pelo sistema fotovoltaico é injetado na rede da Concessionário ou Distribuidora, contribuindo para diminuir o tempo de retorno do investimento (pay back). 7º) Há um número razoável de empresas capacitadas que oferecem um pacote completo que abrange o projeto, execução, assistência técnica pós venda e assessoria para escolhe da melhor opção, de acordo com o perfil do cliente. Por fim, justificamos o envio desse segundo artigo porque há uma grande polêmica com referência à modificação na resolução 482, sobre geração distribuída, que pretendia fazer a ANEEL, que inviabilizaria a expansão da energia solar no Brasil. Ainda bem que já há sinalização que não haverá grandes modificações, cuja versão final será feita pelo Congresso Nacional. Segundo a ABSOLAR ( Associação Brasileira de Energia Solar) e com base em dados oficiais de órgãos do governo, para cada R$1 investido em sistema fotovoltaico de pequeno e médios portes, o setor devolve mais R$3 em ganhos elétricos, econômicos e ambientais . No acumulado, já são mais de 100 mil empregos, daí a reiterada importância de que haja regras claras e não prejudiquem a fotovoltaica a sair da fase de maturação para a consolidação em caráter definitivo. Não podemos nos notabilizar como um país que teima em “remar contra a corrente” e em flagrante falta de bom-senso. Reiterando, todos sabemos que o mundo clama por atitudes tecnológicas e sociais que preservam o meio ambiente, já tão agredido. A Natureza e as gerações futuras ficarão imensamente agradecidas. É UMA ATITUDE TRANSCENDENTAL E DE CUNHO TAMBÉM ESPIRITUAL!
É prioritário investir em energia solar.
Publicado por hiltonferreiramagalhes
Engenheiro Eletricista/Eletrônico; Mestre em Ciências de Engenharia Elétrica-Sistema de Potência/COPPE-UFRJ; Mais de 4 décadas de experiência em projetos de engenharia e docência de 1º, 2º e 3º. Atualmente se dedica a projetos de eficência energética e geração fotovoltaica, a qual considera a do futuro bem próximo. Vide sistema off e on grid que crescem mais de 2 vezes por ano no Brasil. Excelente instrumento para obtenção de crédito de carbono. Ver mais posts